Mato Grosso do Sul enfrenta mudanças climáticas extremas: Como manter a imunidade em meio à instabilidade
Mudanças Climáticas Intensas
Mato Grosso do Sul está enfrentando um período de intensas variações climáticas. Após uma frente fria que fez os termômetros despencarem, o estado agora se depara com uma onda de calor acima da média e níveis de umidade do ar extremamente baixos. Assim, essa mudança drástica representa um desafio para os sul-mato-grossenses, que precisam adaptar seus hábitos rapidamente para manter a saúde em dia. Além disso, a previsão é que uma nova frente fria atinja a região após o dia 22 de agosto, tornando o clima ainda mais imprevisível.
Temperaturas Extremas e Baixa Umidade
Nos últimos dias, o estado registrou temperaturas acima dos 35ºC, com algumas regiões alcançando até 40ºC. Dessa forma, a baixa umidade do ar, com níveis críticos abaixo de 20%, agrava a situação e aumenta o risco de problemas respiratórios e desidratação. Portanto, essa combinação de calor extremo e ar seco apresenta um desafio adicional para a saúde da população, especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
A Nova Frente Fria e Seus Efeitos
A partir do dia 22 de agosto, uma nova frente fria está prevista para chegar ao estado, trazendo uma queda brusca nas temperaturas. Espera-se que o frio mais intenso ocorra entre os dias 25 e 26 de agosto, com temperaturas podendo cair abaixo dos 5ºC em algumas áreas, especialmente no sul do estado. Consequentemente, essas mudanças bruscas entre calor e frio exigem cuidados redobrados para evitar complicações à saúde.
O Impacto da Instabilidade Climática na Saúde
A alternância entre frio e calor, combinada com a baixa umidade, torna-se um fator propício para o desenvolvimento de doenças respiratórias. Essas condições criam um ambiente favorável para a proliferação de vírus e bactérias, além de afetar diretamente o sistema imunológico. “Quando o clima varia tão drasticamente, o corpo precisa se ajustar rapidamente, o que pode enfraquecer nossas defesas naturais”, explica o Dr. Renato Figueiredo.
Efeitos da Baixa Umidade
Além das infecções respiratórias, as mudanças bruscas de temperatura podem agravar condições preexistentes, como asma e bronquite, e causar desconfortos, como secura nasal, dor de garganta e desidratação. Portanto, para os mais vulneráveis, esses efeitos podem ser ainda mais severos. A baixa umidade do ar é um fator crítico, pois níveis abaixo de 20% irritam as vias aéreas, ressecam a pele e facilitam a entrada de agentes patogênicos no organismo. “A umidade do ar é essencial para o bom funcionamento das mucosas, que atuam como barreira protetora contra infecções. Assim, quando essa umidade está baixa, ficamos mais suscetíveis a doenças”, destaca Figueiredo.
Dicas Práticas para Proteger a Saúde
Diante desse cenário desafiador, o Dr. Renato Figueiredo compartilha algumas dicas práticas para fortalecer o sistema imunológico e minimizar os impactos das variações climáticas:
1. Hidratação Constante
Manter o corpo hidratado é fundamental, especialmente em períodos de baixa umidade. “Beber água ao longo do dia ajuda a manter as mucosas hidratadas, prevenindo a secura nasal e outras complicações respiratórias”, recomenda o médico. Além da água, o consumo de chás, sucos naturais e alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, também é indicado.
2. Alimentação Rica em Nutrientes
Uma alimentação balanceada é crucial para o bom funcionamento do sistema imunológico. “Dê preferência a alimentos ricos em vitaminas C e D, zinco e antioxidantes, que ajudam a fortalecer as defesas do corpo”, sugere Figueiredo. Frutas cítricas, vegetais verdes escuros, castanhas e peixes são ótimas opções para incluir na dieta.
3. Evite Exposição Prolongada ao Sol e ao Frio
É importante proteger o corpo tanto do calor excessivo quanto do frio intenso. “Nos dias de calor, evite a exposição ao sol entre 10h e 16h; no frio, mantenha-se agasalhado. Pois as mudanças extremas de temperatura são prejudiciais à saúde”, alerta o especialista.
4. Umidifique o Ambiente
Em dias de baixa umidade, usar umidificadores de ar ou recipientes com água nos cômodos pode ajudar a melhorar a qualidade do ar em ambientes fechados. “Isso é especialmente importante durante a noite, quando tendemos a respirar mais pela boca”, diz o médico.
5. Pratique Atividade Física Regular
Manter o corpo ativo é essencial para fortalecer a imunidade. “Mesmo com o clima instável, é importante manter uma rotina de exercícios físicos, seja em ambientes fechados ou em horários de temperatura mais amena”, aconselha Figueiredo.
6. Cuide do Sono
Um sono de qualidade é indispensável para a recuperação do organismo e fortalecimento do sistema imunológico. “Tente dormir de 7 a 8 horas por noite e evite o uso de eletrônicos antes de dormir, para garantir um sono reparador”, sugere o médico.
7. Evite Ambientes Fechados e Mal Ventilados
Locais sem ventilação adequada são propícios para a circulação de vírus e bactérias. “Sempre que possível, mantenha as janelas abertas para permitir a renovação do ar”, recomenda.
8. Vacinação em Dia
Manter as vacinas atualizadas é fundamental, especialmente em tempos de instabilidade climática. “Vacinas contra a gripe e outras infecções respiratórias são essenciais para proteger a saúde”, lembra Figueiredo.
As mudanças climáticas em Mato Grosso do Sul exigem atenção e cuidados especiais. Seguindo as dicas do Dr. Renato Figueiredo, a população pode proteger sua saúde e se adaptar melhor a essas variações bruscas. Lembre-se: cuidar da saúde é fundamental, especialmente em tempos de instabilidade climática.